Parâmetro condutividade com resultado insatisfatório

O controle da qualidade da água para uso farmacêutico é essencial, devido ao vasto uso da água em laboratórios, seja no preparo de fórmulas farmacêuticas e cosméticas ou, ainda, nas diferentes etapas de higienização destes ambientes.

A condutividade é um dos parâmetros farmacopeicos e é uma medida do fluxo de elétrons o qual é facilitado pela presença de íons. Como há uma relação de proporcionalidade entre o teor de sais dissolvidos e a condutividade elétrica, esse parâmetro nos permite estimar o teor de sais presentes na água (Hypólito et al., 2009; Macedo, 2000).

A condutividade pode apontar níveis de substâncias indesejadas como o cloro (na forma de íon cloreto) no processo de purificação de água através de osmose reversa. Portanto esta variável é de extrema importância, pois influencia diretamente na pureza da água e pode comprometer a sua utilização em aplicações farmacêuticas.

Para reduzir a condutividade da água, existem algumas alternativas:

Instalação de sistema de pré tratamento da água: o sistema deverá conter filtros de pré tratamento (multimídia, leito misto, carvão ativado, abrandador). Esses filtros serão responsáveis pela desmineralização da água e reter agentes oxidantes;

Caso já exista um sistema de pré tratamento, verifique o nível de saturação das membranas do sistema de osmose reversa e as resinas dos sistemas de desionização;

Realizar periodicamente a higienização no sistema: o processo de higienização consiste na remoção de biofilmes nas membranas, resinas e nas paredes dos purificadores com agente sanitizante adequado.

O monitoramento da água purificada é essencial para garantir a eficiência das tecnologias de purificação, evitando o uso de uma água em não conformidade.

Para um melhor desempenho, recomendamos que seja feito o monitoramento da qualidade da água de abastecimento. A realização de análises físico-químicas e microbiológicas da água de entrada da osmose reversa ajuda a identificar possíveis incrustantes e contaminantes microbiológicos. Além disso, os resultados das análises físico-químicas podem ser usados pelos projetistas de equipamentos para orientarem e indicarem um melhor sistema de tratamento.